Reconectar & Evoluir: um retorno necessário

Os últimos 12 meses foram sem precedentes para a nossa sociedade. Aqui na WHF® nos movimentamos muito no último ano. Conversamos, mapeamos o mercado, produzimos conteúdo, trabalhamos juntos a empresas nesta pandemia e refletimos sobre o papel das organizações neste cenário. Qual é o nosso tom daqui pra frente?

Como nos conectamos com o ambiente onde está a nossa história está sendo escrita?

Como nos conectamos com o ambiente onde está a nossa história está sendo escrita?

Tudo mudou em 2020. É muito difícil dizer que as coisas mudaram para melhor (no último ano foram 8,1 milhões de postos de trabalho a menos no Brasil, segundo dados do Governo), mas a gente precisa acreditar no futuro. Do ponto de vista de negócios, a maior transformação foi no espaço de relação entre marcas e empresas. Nós vimos uma grande aceleração nos padrões de comportamento digital. Para a maioria das empresas, a transformação digital tornou-se sobrevivência digital. E nós, que há 7 anos atuamos nesse game da transformação, fomos acelerados também. Crescemos, aumentamos o time, geramos empregos e ajudamos a preservar outros tantos.

Nós passamos por nossas reestruturações e temos o orgulho de dizer que colaboramos com as mais variadas organizações provendo consultoria, aconselhamento estratégico e apoio operacional em diferentes desafios. Fizemos isso com respeito e cuidando das pessoas. Contudo, para nós, é muito difícil isolar esses acontecimentos (de altíssimo valor profissional e empresarial) da triste realidade de uma pandemia. Os negócios existem em um mundo de pessoas e, num mundo onde as pessoas estão adoecidas, a maneira como enxergamos os negócios precisa ser revista também.

Recentemente, em uma reunião amistosa, nos perguntaram porque estávamos tão “distantes” das redes sociais e porque não estávamos mostrando um pouco mais do que estamos fazendo aqui - que tudo o que estávamos fazendo era “incrível”. Sorri com o sorriso possível das video-conferências. Fiquei feliz e agradeci. Nos despedimos do Zoom e eu me coloquei a pensar sobre o nosso momento e sobre a compreensão da responsabilidade que temos como organização.

E o fato é que o ambiente das redes sociais tende a um cultivo superlativo da imagem do “está tudo bem”, vida perfeita, sucesso garantido - você e eu sabemos como é. E, não precisa ir muito longe pra saber que não, não está tudo bem. Na bolha dos inovadores a gente tem visto muita gente falando sobre esse momento como uma grande alavanca para a inovação e a digitalização (e, sim, isso é uma verdade) - mas a minha sensação é que tem muita gente inteligente gastando o 4G para falar sobre canais em vez de refletir sobre o comportamento das pessoas e sobre como a inevitável realidade de um país que perde massa de renda dia após dia vai impactar a nossa história. Como as relações sociais, culturais e de trabalho se darão daqui pra frente? O que tem por trás da logística implacável dos gigantes do varejo e como a nossa cabeça está mudando com toda essa experiência da pandemia? A gente que sempre esteve na rua - perto do cliente -, no ponto de venda, na fila do supermercado, na concessionária de carros, no plantão de vendas; bom, a gente tem um bocado de hipóteses para furar essa bolha simplificada do “tudo vai ser digital”.

Olhando tudo isso de fora, de algum momento para cá a gente precisou dar um tempo dessa sensação de bolha. Olhar um pouco sobre os sinais de mudanças que estamos recebendo - e mais do que isso - para afirmar que o discurso pré-fabricado sobre inovação ou as atitudes telegrafadas para mostrar responsabilidade social nesta pandemia não nos interessam. Assim, refletindo sobre o tema, cheguei a conclusão que talvez tenha sido essa a nossa sensação até o momento: descontentamento, e - por essa razão- de algum momento pra cá não nos pareceu lá muito coerente a nossa simples auto-promoção neste cenário.

Contudo, para além deste momento, a gente precisa olhar para frente. Além de cuidar das nossas pessoas, entendemos que precisávamos olhar atentamente para o futuro em busca de nos posicionarmos à altura de todas essas transformações. Chegamos agora a um novo ponto de inflexão após 1 ano de crise global (já temos inclusive a nossa própria crise aqui no Brasil) e nós já entendemos as principais variáveis deste jogo. Os desafios continuam aí - até maiores, talvez. Para nós é hora de darmos o próximo passo: expandir nossas fronteiras. Conectar, criar diálogos, ferramentas e parcerias que impulsionem, inspirem e acelerem um amanhã mais sustentável. Acreditamos que somos parte da nova safra de empresas capazes de criar um legado forte. Não porque acertam sempre ou em tudo, mas porque agem de forma eficiente sob uma leitura coesa do nosso tempo.

Dito isso, a mensagem central que gostaríamos de comunicar agora é que a gente acredita numa nova temporada - mesmo com ventos tão instáveis sob o nosso país e que estamos “ de volta”. Nunca fomos à lugar algum em nosso propósito, mas entendo que estamos de volta no ambiente de comunicação das redes - mais do que nunca - para o diálogo e para a transformação com indivíduos e organizações que se alinhem a este propósito. Depois de muito trabalho na cozinha, a gente inaugura este mês de Maio colocando para fora um pouco do que tem acontecido aqui dentro. Novas pessoas, novos clientes, novos parceiros, novos desafios - o mesmo propósito: criar um mundo mais sustentável.

E para quem estiver curioso sobre o que vem pela frente: o nosso tom reflete o Brasil que vivemos e trabalhamos todos os dias: transformação para ontem. Coloque sua máscara, abasteça o frasquinho de álcool em gel. Vem muita coisa por aí.


Aproveitamos a oportunidade e, de maneira formal, prestamos nossa solidariedade e nossos sinceros sentimentos aos amigos, familiares e todas as pessoas que foram impactadas direta ou indiretamente com a crise do coronavírus.


Fabricio Gimenes é CEO da WHF® DESIGN COMPANY.

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